OS VALORES DAS FAMÍLIAS NA CRIAÇÃO DOS FILHOS

Autor: Eldy Miranda , 15/01/2024 15:18:12 15/01/2024 15:18:12 (38 visualização)
OS VALORES DAS FAMÍLIAS NA CRIAÇÃO DOS FILHOS

O que ocorre na infância não fica na infância, mas nos influência consideravelmente pelo resto da vida.

Os valores das famílias na criação dos Filhos.

Os pais devem ser imponderados pelo conhecimento, estar preparado para dar suporte às necessidades dos filhos. Quando uma pessoa está bem consigo mesma, tende a lidar bem com os outros.  Uma pessoa adoecida pode adoecer os que a rodeiam, portanto, cuidar de você, pai, mãe, é possibilitar ofertar o seu melhor para os seus filhos. Este cuidar de si é compreender que você não é responsável pelo que fizeram com você, pelas dores, traumas que já passou, mas é responsável pelo que você faz a partir do que fizeram com você. As suas escolhas são só suas, elas dependem de você. 

Muitos pais se apegam a reproduzir o que receberam, a repetir padrões negativos. Seguem alguns exemplos: Eu não recebi um Eu Te Amo dos meus pais, por isso eu não me sinto confortável em falar para meus filhos. Eu apanhei como forma de meus pais me educarem e eu também faço isso com meus filhos. Assim como meus pais foram rígidos comigo, eu sou com meus filhos, pois quero que eles sejam fortes. Repetir padrões negativos ou sendo omissos na tentativa de não causarem os mesmos sofrimentos que passaram para os filhos, são comportamentos que não ajudam no desenvolvimento saudável das crianças. Todos nós precisamos de disciplina, regras, aprender o que é certo e errado, o que pode e o que não pode, todavia é preciso muito amor, carinho, compreensão, respeito. Uma educação de qualidade dá trabalho, mas o resultado é a possibilidade de formar uma pessoa bem resolvida, mais feliz.

Quanto pior os pais tratarem uma criança, pior ela se senti. Ela não deixará de amá-los, mas deixará de amar a si mesma. Tenderá a seguir a vida repetindo os padrões dos sofrimentos que viveu.

Vemos muitas crianças e adolescentes não praticando os mecanismos básicos de socialização: por favor, com licença, muito obrigada, me perdoe. É importante manter na nossa consciência que, ao usar palavras gentis com nossos filhos, automaticamente estamos os ensinando. O maior ensinamento é o exemplo. Faz-se necessário pontuar que todos nós erramos, o pai e a mãe que têm o habito de assumir seus erros para seus filhos, pedir desculpas, eles estão passando para os mesmos o valor da humildade e a necessidade de reconhecer e buscar reparar seus erros. 

A negligência e omissão são fatores que levam os pais a perderem seus filhos para pedófilos, traficantes, para coisas erradas do mundo. Esteja presente na vida dos menores, gaste tempo com eles, leve, vá buscar na escola, conte histórias, brincar juntos, passear, cozinhar, lavar o carro, a bicicleta. Mesmo que você tenha pouco tempo, mas que seja um tempo de qualidade, que seja você e seu filho.

Todo cuidado é necessário com o uso das palavras. Muitas crianças sofrem bullying dentro da própria casa e muitas das vezes pelos próprios pais. Como fazem isso? Julga, implica, compara, rotula. Frases como: Olha, o que você fez?, burro, desorganizado, não faz nada direito, entre outras.

As crianças são anjos em nossas vidas, com elas temos a oportunidade de nos tornarmos pessoas melhores. Seja o herói, a heroína que seu filho acha que você é. Não o decepcione, você estará decepcionando a si, a criança que você foi um dia. 

Nunca menospreze o que uma criança diz. Se ela apresentar mudança de comportamento, passar a ficar quieta, encostada pelos cantos, irritada, fugir de certas situações, já não quer mais ficar perto de determinadas pessoas. Esta criança pode estar sofrendo algum tipo de abuso. Se ela contar algo a respeito, leve a sério, dificilmente ela estará mentindo, dificilmente uma criança criará uma história onde prejudicará a si.

Deparamo-nos com casos em que um dos pais é muito violento com os filhos e até mesmo com o cônjuge, podendo haver muitas brigas, desentendimentos, desrespeito, tornando um ambiente doentio para todos. Temos que manter em nossa consciência que não devemos ser vítimas de ninguém. Aprender a dizer não faz parte de nossa evolução, aprender por limites é também evoluir.

Muitas vezes, basta ser:

Colo que acolhe,

Braço que envolve,

Palavras que conforta,

Silêncio que respeita,

Alegria que contagia,

Lágrima que corre,

Olhar que acaricia,

Desejo que sacia,

Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais.

Mas que seja intensa, verdadeira, pura... enquanto durar.

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

Cora Coralina.

 

Texto: Psicóloga - Eldy Ferreira de Miranda – CRP: 04/44458.

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