Fascino-me pelo potencial de cura que têm as relações significativas que estabelecemos, seja com os outros ou seja connosco próprios. Acredito que o espaço terapêutico, dotado de uma atmosfera empática e autêntica cria um tipo de relacionamento genuíno com o paciente que permite a consequente exploração espontânea de padrões de funcionamento mentais que se encontram obsoletos e por isso geram sofrimento psicológico. Por ser apaixonada pelo poder das relações debruço-me sob a abordagem da Psicanálise e Psicoterapia Relacional, colocando em ênfase na minha prática a relação que é construída entre paciente e terapeuta. Enquanto psicoterapeuta relacional disponibilizo a minha experiência, o meu saber e sensibilidade (adaptados às caraterísticas únicas de cada pessoa), nunca me sobrepondo no entanto ás suas próprias experiências e sensibilidades. O terapeuta relacional assume uma postura de “confiança” básica na perspectiva do paciente, não perdendo de vista a importância de conhecer e compreender o “mundo interno”, as configurações relacionais e os “princípios organizadores” profundos de cada pessoa – Desta forma constrói-se (entre terapeuta e paciente) um laço afetivo, bem como um compromisso mútuo que reforça a responsabilidade de cada paciente com o seu próprio percurso e o impele para vivências de maior coesão e liberdade interiores, que a longo prazo evocam sensações de fruição relacional e de bem-estar perante a vida.